Auto-conhecimento e fotografia
“Suas primeiras 10 mil fotografias são as piores.” Henri Cartier-Bresson
Não sei dizer em qual número eu estou, mas posso afirmar que hoje, eu fotografo muito melhor do que há um ano atrás e de lá pra cá foram incontáveis fotografias.
O caminho? Auto-conhecimento!
Caminho este, que nos leva ao amadurecimento e ao despertar, ou seja, à evolução, e nossa fotografia nada mais é, que resultado da nossa evolução.
Conforme eu evoluo interiormente, a minha visão fotográfica e de mundo também evolui, a coisa acontece de dentro pra fora, uma vez que a mente se expande, ela nunca mais volta ao seu tamanho original -Albert Einstein- o leque se abre e então, eu passo a enxergar possibilidades onde antes eu não enxergava, com isso eu consigo viver e fotografar de maneira muito mais simples, porém não menos intensa, pelo contrário, é mais complicado de se chegar do que possamos imaginar, a simplicidade consiste na lapidação do estilo de vida, eliminando o que não é necessário e valorizando o que realmente vale a pena, assim como na fotografia, podendo ser um processo muito árduo e difícil devido à quantidade de informações que absorvemos todos os dias com intuito de nos transformar em consumistas natos.
O estilo fotográfico está dentro de cada um de nós, claro que referências são bem vindas e nos inspiram, mas não são elas que vão fazer com que a nossa fotografia melhore, isso vai depender da prática e da observação de cada uma das imagens que produzimos, como se fosse um estudo detalhado de cada ponto específico da imagem -luz, composição, enquadramento, expressões- num conjunto combinado de todos os itens, afim de percebermos o que é legal e o que não é legal em cada fotografia, o que devemos repetir e o que devemos eliminar nas próximas tentativas, sem dúvida é um exercício que nos leva muito além da fotografia, abrangendo áreas distintas de tudo que já vivemos na nossa vida, resumindo, não adianta tentar copiar, temos que ser únicos, temos que por pra fora a nossa essência e originalidade e sermos nós mesmos, com todas as dores e delícias…
Para usufruirmos do melhor que temos aqui dentro, é necessário que cada um de nós se questione diante das mais variadas situações -seja fotografando ou não- para então observarmos nossas ações do lado de fora e conseguirmos as respostas que nos levam ao entendimento mais profundo do nosso ser, temos que encarar nossos problemas, bloqueios e limites para resolvermos, quebrarmos ou então, passarmos por cima deles.
Um exemplo bem tranquilo é nos imaginar depois de um ensaio fotográfico tratando as fotos e pensando: “porque eu não fiz como eu tinha planejado?…a foto ficaria tão mais legal se tivesse feito”, à partir daí, que começamos a desvendar os nossos bloqueios, pois a resposta pode ser: que eu não fiz o que eu planejei por timidez de pedir aos meus clientes que fizessem algo, ou porque eu esqueci, ou porque eles não deram brecha e assim por diante, daí cabe a cada um separar e encontrar a solução, é aí que acabamos nos auto-conhecendo, é quando buscamos uma solução para aceitarmos e corrigirmos o que, de alguma maneira, nos trava de fazer como o planejado. Ninguém é culpado por nada, nem nós, nem o cliente, desde que aceitamos a situação e tentamos fazer melhor.
A liberdade e o amor pelo que fazemos são os elementos essenciais para que haja a entrega dos dois lados…o resultado?
Pessoas melhores, mais sensíveis e verdadeiras, fazendo trabalhos incríveis!
Tente ser quem você é de verdade…seja responsável pelas consequências, aproveite o máximo delas e boa sorte!
Um beijo grande e até a próxima!
[…] eu fui lapidando o meu estilo pra chegar na simplicidade que eu trabalho hoje, através de muita observação e auto-conhecimento, ou seja, não foi da noite pro dia que eu consegui os resultados que eu tenho […]
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