O ensaio
Há 3 anos que eu venho me dedicando de corpo e alma, aos meus ensaios fotográficos, até o ano passado fiz alguns casamentos durante o dia, hoje não faço mais, atualmente eu ainda faço alguns aniversários infantis, mas o meu foco são os ensaios, e é deles que eu falo neste texto.
Pra começar, eu só reservo a data pra realizar o ensaio depois que o cliente me pagar uma parte ou o valor total antecipadamente, para mais informações relacionadas à contratação, clique aqui!
Feito o pagamento, vem a escolha do dia e logo, o planejamento do ensaio, estas são decisões tomadas junto com o meu cliente, por mensagem no facebook ou email.
Depois de penar muito, eu aprendi a me planejar, assim, desde o primeiro contato com o meu cliente, eu tento saber um pouquinho mais da vida dele -perguntando sobre seus gostos, seus costumes, etc.- além disso, eu faço inúmeras pesquisas na internet, tudo pra conseguir elaborar algo pro dia das fotos e escolher o lugar e o que eu achar viável, eu anoto num papel, como os acessórios que eu quero levar, os cantinhos que eu pretendo explorar, inclusive as poses que eu penso fazer no dia, essa é a minha maneira de memorizar e fazer a minha criatividade aflorar, porém, o fato de anotar, não quer dizer que eu vou fazer tudo no dia das fotos, isto é relativo e não depende só de mim, tem uma série de fatores que influenciam no decorrer do ensaio.
Talvez a parte mais difícil é a de não criar expectativas, porque é muito comum a pessoa mergulhar de cabeça comigo nas ideias durante as nossas conversas e chegar no dia, ficar reprimida ou tímida, eu estou ciente que ela não é modelo e na maioria das vezes não sabe o que fazer na frente da câmera, aí é que entra o meu jogo de cintura pra deixá-la à vontade, eu não tenho vergonha de dizer pro cliente que eu não sei dirigir um ensaio -aliás, isso já me rendeu boas risadas e lindas fotografias- porque na real, eu não gosto de dirigir, eu gosto mesmo é de fotografar de verdade e com naturalidade, então eu prefiro falar algo engraçado e clicar as expressões espontâneas, a ficar pedindo poses que não combinam comigo e nem com a pessoa, acaba sendo uma questão de tempo até eu conseguir pegar o ritmo dela e ela o meu, fazendo o ensaio fluir. Se ela me contratou é porque gostou do meu trabalho e é aquilo que ela quer, portanto, cabe a mim tirar o máximo de proveito dela e fazer um trabalho único, unindo o meu estilo à personalidade dela, arrisco dizer que este é o maior e mais prazerozo desafio de ser fotógrafa.
Durante todo o ensaio eu fico muito concentrada, creio que pelo fato de ficar fotometrando e procurando o melhor ângulo o tempo todo, pois trabalhar só com luz natural exige muita fotometria, principalmente na hora de fazer um contra luz ou uma luz lateral, onde o risco de estourar ou escurecer uma fotografia é bem grande, mas acreditem, é uma questão de prática, com o tempo isso se torna automático. O fato é que eu esqueço que existe um mundo fora daquele que eu estou vendo na minha frente e viajo no meu mundinho, começando dentro de mim, processando a técnica, controlando a câmera, chegando até a modelo e voltando pra mim, através da sua expressão, do momento exato de apertar o botão e numa fração de segundos, está feita a foto.
Pra quem tem medo de inventar ou se sente inseguro, eu sugiro que experimente, coloque em prática algo que você viu, gostou e ficou com vontade de fazer, se der certo, ótimo, você pode repetir outras vezes, se não der, paciência, não mostre pra ninguém e tente algo diferente da próxima vez, a ação faz o medo ir embora, portanto aja e se surpreenda com você mesmo!
Abaixo, algumas fotografias pra se inspirar:
Mulheer já amava tuas fotos e agora tô amando cada leitura aqui *.*
É muito bom se identificar e ver que as coisas não acontecem só comigo, principalmente no processo de aprendizado.
Muito obrigada por esse papo-desabafo tão transparente. Falo desabafo porque ainda não acho tão fácil assumir tantas coisas que você consegue assumir com a maior leveza do mundo :)
É, vivendo e aprendendo.
Gratidão ^^ <3
Natuza, que lindo seu comentário! Muito obrigada!
Realmente é um desabafo e muitas vezes um puxão de orelha, sabia?!
Uma coisa é certa, ninguém nasceu sabendo nada, todos nós passamos por fases inseguras em algum momento da nossa vida, mas também passamos pelo despertar e é aí que vem a leveza e a segurança de passar a diante o que sabemos!
Fico muito feliz que vc se identifica comigo…:O)
Um beijo e até mais!!!!