Quebra de paradigmas

“Não permita que a tradição paralise a sua mente” A mágica de pensar grande, de David Schwartz

Pense quais são as suas fotografias que mais te deixam feliz depois de prontas. As minhas, sem dúvida, são as que eu mais ousei durante o ensaio, são as que, pra conseguir colocá-las em prática, eu precisei sair da minha zona de conforto, ultrapassar os meus limites e quebrar paradigmas. E o que são paradigmas, já parou pra pensar? Nada mais é que a representação de um padrão a ser seguido, então a quebra de paradigmas entende-se como a quebra dos padrões.

Quando nosso objetivo é fazer um trabalho original, a dica é não se prender às regras e nem às referências, é deixar o coração falar mais alto, se entregar e clicar sem medo de errar, porque o erro nos mostra o outro lado da moeda e sempre nos ensina algo novo, desde que estejamos abertos e ver este outro lado. Pra começar, nós temos que conhecer muito bem as regras pra podermos fugir delas, assim como a técnica -é essencial que dominamos a técnica, para termos a liberdade de criar sem perdermos a foto.

Eu uso apenas luz natural nas minhas fotografias e as minhas técnicas atuais são bem simples, portanto, a essência do meu trabalho está diretamente ligada aos sentimentos vividos no momento da foto e à minha direção. Este foi o caminho que eu tracei depois de muitas tentativas com erros e acertos, eu fui lapidando o meu estilo pra chegar na simplicidade que eu trabalho hoje, através de muita observação e auto-conhecimento, ou seja, não foi da noite pro dia que eu consegui os resultados que eu tenho hoje.

Todos os contras que eu vou mostrar abaixo diz respeito ao meu estilo de fotografar, cada um enxerga a beleza conforme os seus olhos, a minha intenção é mostrar que há vários caminhos a seguir, portanto, siga o seu, porque ele é único, esteja seguro de que sua fotografia está bonita e vá em frente.

Corte sem dó

Ousar no enquadramento e no corte, mas, com bom senso, fazendo com que a imagem fique bonita mesmo estando fora do padrão. Os resultados sempre me surpreendem, eu particularmente amo as fotos “cortadas”.

Foto da Lu grávida com sua filha Bianca no colo. Foto da Rose dando mamá pro seu filho Augusto. Foto dos irmãos, Lucas e Augusto.

 

Fora de foco

Pra mostrar que uma foto fora de foco, pode ficar bonita sim, mas sem excessos claro, seu cliente com certeza prefere as que tenham foco…;O))…o legal é fazer uma ou outra pra sair do comum!

Foto da Fabi Céllio fora de foco. Foto dos irmãos segurando as mãos. Fotografia da Samantha tampando o rosto com seu lenço.

 

De cima da escada

Eu não levo escada nos meus ensaios, mas gosto muito de fingir que eu estou em cima de uma…;O)

Este é só um exemplo de ângulo diferente…

Foto da sá e do lucas num ângulo diferente. Foto de cima pra baixo da Bruna sentada na colcha de crochê vermelha. Foto da Ana Livia deitada no chão.

 

Esconde esconde

Só porque ele é o personagem principal ele precisa dar a cara em todas? Claro que não, seja criativo…

Foto da Fabi Céllio rindo muito no ensaio. Foto da Ju e do Rodolfo deitados dentro do carro. Foto da Samantha se escondendo com seu lenço.

 

Fazendo a diferença

Um paninho surradinho bem feinho na mão, uma pausa entre uma foto e outra, um movimento diferente, enfim, coisas estranhas no fim das contas, dependendo de como a gente as enxerga, ficam bonitas. Experimente!!!

Ensioa de fotos da Fabi Céllio. Ensaio fotográfico da Fabi Céllio mexendo no cabelo. Foto da Fabi Céllio no terraço do hostel na vila madalena em são paulo. Foto da Claudia Rinaldi grávida do Lucas curtindo a água cair na sua barriga. Foto da Ana Livia com sorvete de flores na cara. Foto da Ju e do Rodolfo distraídos. Foto da Ju e do Rodolfo depois da volta de bike. Foto da Ju tomando guaraná Pic Nic de canudinho. Foto da Lais jogando o cabelo pra lá e pra cá. Foto da Laís com lenço no cabelo iluminada pela luz do farol do carro. Foto da Julia na água. Foto da Carol deitada no interior da Kombi Foto em familia sentada na calçada com cachorro de rua. Foto da familia na sua própria casa. Foto da Lu grávida no beco do batman na zona oeste de são paulo. Tael segurando um pintinho nas mãos. Foto do Tael abraçando um pônei.

Faça tudo com moderação…e observe muito pra conseguir distinguir o legal do não legal, bom senso acima de tudo nessa vida!

Quando nós nos permitimos criar, nossa mente nos dá possibilidades infinitas! Tudo é resultado dos nossos pensamentos, vamos alimentá-los com originalidade!

Muito obrigada pela sua preciosa atenção, se gostou compartilhe…:O)

Um beijo e até a próxima.

Tempo e evolução

Uma evolução só acontece após uma revolução -não importa o tamanho dela- portanto, creio que a mudança, é de fato, necessária para evoluirmos. Quero dizer que não adianta ficarmos sentados esperando resultados diferentes, sendo que nossas ações continuam as mesmas. Nós precisamos reconhecer e mudar algo que não esteja nos trazendo resultados positivos, se é que queremos tais resultados. Ter foco e objetivos claros para discernirmos o que nós realmente almejamos é essencial para nos tirar da zona de conforto e mover a energia estagnada que nos impede de realizar.

Há um tempo, eu passei por uma crise de criatividade, que era como se eu não soubesse mais fotografar, eu sentia como se tivesse me dado “um branco”, foi horrível e eu fiquei bastante deprimida, embora não demostrasse abertamente, e pra me reencontrar eu tive que dar uma pausa na fotografia, nesse meio tempo eu me dediquei ao artesanato -minha válvula de escape- e só pelo fato de me despreocupar, vários “plics” surgiram ligados à ela. Talvez o mais importante, foi cair na real de que o resultado dos meus trabalhos só depende de mim e não dos meus concorrentes, sendo estes, apenas uma espécie de combustível pra me fazer chegar onde eu quero, concluindo: a minha fotografia é o meu espelho e projeção.

Foi nesse despertar que eu comecei a buscar e resgatar a minha essência, hoje eu me sinto muito mais realizada com o meu trabalho que antes, eu sei bem como é suado obter expressões naturais de alguém que nunca foi fotografado antes, ou alguém tímido e sei também que esse mérito é o resultado de dia após dia de muita prática, estudo e observação. O que mais me fascina na fotografia é o fato de nunca haver um trabalho igual ao outro, pode ser na mesma locação, com as mesmas pessoas, mas nunca sairá um ensaio igual ao outro, cada pessoa que eu fotografo é uma experiência diferente e consequentemente, um aprendizado, é um desafio delicioso poder desvendar um pouco mais dos seres humanos através do meu olhar e da minha sensibilidade.

A minha busca pelo resultado espontâneo não para nunca, o meu objetivo vai além de um simples ensaio, eu desejo criar uma fotografia de encher os olhos e a alma! Aquela imagem densa, de um sentimento verdadeiro, de um momento natural, de uma entrega, uma imagem que me faça sorrir! O tempo me mostra que fotografar é muito mais que somente estar ali com a câmera, é saber sentir e curtir o momento junto, é conseguir deixar a pessoa à vontade sem gerar constrangimentos, é sorrir e fazer com que ela sorria também, é confiança, é carisma e é o amor que fazem a diferença.

Fugir um pouco -ou totalmente- dos padrões e nos desligar das referências faz com que enxergamos o que precisa ser mudado para que possamos evoluir, acreditar em nós mesmos e dar tempo ao tempo são exercícios que nos levam ao entendimento do que queremos oferecer aos nossos clientes, nada vem da noite pro dia, o segredo é praticar muito, acreditar e seguir em frente, sempre!

Semana passa eu falei sobre o auto-conhecimento e a fotografia, clique aqui para ler, vale à pena!

Um beijo no coração e até a próxima…;O)

Raul ilustrando a postagem Tempo e Evolução do blog de fotografia da Daniela Seco.

Mais fotos deste ensaio, aqui!

Auto-conhecimento e fotografia

“Suas primeiras 10 mil fotografias são as piores.” Henri Cartier-Bresson

Não sei dizer em qual número eu estou, mas posso afirmar que hoje, eu fotografo muito melhor do que há um ano atrás e de lá pra cá foram incontáveis fotografias.

O caminho? Auto-conhecimento!

Caminho este, que nos leva ao amadurecimento e ao despertar, ou seja, à evolução, e nossa fotografia nada mais é, que resultado da nossa evolução.

Conforme eu evoluo interiormente, a minha visão fotográfica e de mundo também evolui, a coisa acontece de dentro pra fora, uma vez que a mente se expande, ela nunca mais volta ao seu tamanho original -Albert Einstein-  o leque se abre e então, eu passo a enxergar possibilidades onde antes eu não enxergava, com isso eu consigo viver e fotografar de maneira muito mais simples, porém não menos intensa, pelo contrário, é mais complicado de se chegar do que possamos imaginar, a simplicidade consiste na lapidação do estilo de vida, eliminando o que não é necessário e valorizando o que realmente vale a pena, assim como na fotografia, podendo ser um processo muito árduo e difícil devido à quantidade de informações que absorvemos todos os dias com intuito de nos transformar em consumistas natos.

O estilo fotográfico está dentro de cada um de nós, claro que referências são bem vindas e nos inspiram, mas não são elas que vão fazer com que a nossa fotografia melhore, isso vai depender da prática e da observação de cada uma das imagens que produzimos, como se fosse um estudo detalhado de cada ponto específico da imagem -luz, composição, enquadramento, expressões- num conjunto combinado de todos os itens, afim de percebermos o que é legal e o que não é legal em cada fotografia, o que devemos repetir e o que devemos eliminar nas próximas tentativas, sem dúvida é um exercício que nos leva muito além da fotografia, abrangendo áreas distintas de tudo que já vivemos na nossa vida, resumindo, não adianta tentar copiar, temos que ser únicos, temos que por pra fora a nossa essência e originalidade e sermos nós mesmos, com todas as dores e delícias…

Para usufruirmos do melhor que temos aqui dentro, é necessário que cada um de nós se questione diante das mais variadas situações -seja fotografando ou não- para então observarmos nossas ações do lado de fora e conseguirmos as respostas que nos levam ao entendimento mais profundo do nosso ser, temos que encarar nossos problemas, bloqueios e limites para resolvermos, quebrarmos ou então, passarmos por cima deles.

Um exemplo bem tranquilo é nos imaginar depois de um ensaio fotográfico tratando as fotos e pensando: “porque eu não fiz como eu tinha planejado?…a foto ficaria tão mais legal se tivesse feito”, à partir daí, que começamos a desvendar os nossos bloqueios, pois a resposta pode ser: que eu não fiz o que eu planejei por timidez de pedir aos meus clientes que fizessem algo, ou porque eu esqueci, ou porque eles não deram brecha  e assim por diante, daí cabe a cada um separar e encontrar a solução, é aí que acabamos nos auto-conhecendo, é quando buscamos uma solução para aceitarmos e corrigirmos o que, de alguma maneira, nos trava de fazer como o planejado. Ninguém é culpado por nada, nem nós, nem o cliente, desde que aceitamos a situação e tentamos fazer melhor.

A liberdade e o amor pelo que fazemos são os elementos essenciais para que haja a entrega dos dois lados…o resultado?

Pessoas melhores, mais sensíveis e verdadeiras, fazendo trabalhos incríveis!

Tente ser quem você é de verdade…seja responsável pelas consequências, aproveite o máximo delas e boa sorte!

Um beijo grande e até a próxima!

Imagem ilustrativa do post Auto-conhecimento e Fotografia do blog da fotógrafa Daniela Seco.